Visite o nosso novo site – http://www.forumfilosofia.pt.vu
METAFÍSICA
METAFÍSICA – A palavra metafísica deve a sua origem a uma denominação especial na classificação das obras de Aristóteles feita primeiro por Andrónico de Rodes. Como os livros que tratam da filosofia primeira foram colocados na edição das obras do Estagirita a seguir aos livros da física, chamou-se aos primeiros metafísica, isto é “os que estão detrás da física”.
Esta designação, cujo sentido primitivo parece ser puramente classificador, teve posteriormente um significado mais profundo, pois, com os estudos que são objecto da filosofia primeira, se constitui um saber que pretende penetrar no que está situado para além ou detrás do ser físico enquanto tal.
Segundo o próprio Aristóteles, há uma ciência que estuda o ser enquanto ser. Essa ciência investiga os primeiros princípios e as principais causas. Merece, por isso, ser chamada filosofia primeira, diferente de qualquer filosofia segunda. Aquilo que é enquanto é, tem certos princípios, que são os axiomas, e estes aplicam-se a qualquer substância como substância e não a este ou àquele tipo de substância.
Aquilo a que chama filosofia primeira, ao ocupar-se do ser como ser, das suas determinações, princípios, etc, ocupa-se de algo que é, na ordem do que é na ordem também do seu conhecimento. Mas pode entender-se este ser superior ou supremo de dois modos: ou como estudo formal daquilo que depois se irá chamar formalidades, e, nesse caso, a metafísica será aquilo que depois se irá chamar ontologia, ou então como estudo da substância separada e imóvel – o primeiro motor, Deus — e nesse caso será, como Aristóteles lhe chama, “filosofia teológica”, isto é, teologia.
Os escolásticos medievais ocupar-se-ão muitas vezes, da questão do objecto próprio da metafísica. E como o conteúdo da teologia estava determinado pela revelação, ocuparam-se também das relações entre metafísica e teologia. Foram muitas as opiniões sobre estes dois problemas.
Quase todos os autores concordaram em que a metafísica é uma ciência primeira e uma filosofia primeira. Mas, atrás disto, vêm as divergências. S. Tomás pensou que a metafísica tem por objecto o estudo das causas primeiras. Mas a causa real e radicalmente primeira é Deus. A metafísica trata do ser, o qual é “convertível com a verdade”. Mas a fonte de toda a verdade é Deus. Nestes sentidos, pois, Deus é o objecto da metafísica. Por outro lado, a metafísica é a ciência do ser como ser e da substância, ocupa-se do ente comum e do primeiro ente, separado da matéria. Parece, assim, que a metafísica é duas ciências ou que tem dois objectos. Contudo isso não acontece, pois trata-se antes de dois modos de considerar a metafísica. Em um desses modos, a metafísica tem um conteúdo teológico, mas este conteúdo não é dado pela própria metafísica, mas pela revelação: a metafísica está, pois, subordinada à teologia. No outro destes modos, a metafísica é o estudo daquilo que aparece primeiro no entendimento; continua a estar subordinada à teologia, mas sem se pôr formalmente o problema dessa subordinação. Para Duns Escoto, a metafísica é primeira e formalmente ciência do ente. Para Duns Escoto, tal como antes para Avicena, a metafísica é anterior à teologia, não pelo facto de o objecto desta estar realmente subordinado ao objecto da primeira, mas pelo facto de, sendo a metafísica ciência do ser, o conhecimento deste último ser fundamento do conhecimento do ser infinito. Suárez resumiu e analisou quase todas as opiniões acerca da metafísica propostas pelos escolásticos e sustentou que essas opiniões têm todas alguma justificação, embora sejam parciais. Tanto os que defendem que o objecto da metafísica é o ente considerado na sua maior abstracção, como os que afirmam que é o ente real em toda a sua extensão, ou os que dizem que o único objecto é Deus, ou os que declaram que este único objecto é a substância enquanto tal, descobriram verdades parciais. Para Suárez, a noção de metafísica não é tão ampla como alguns supõem, nem tão restrita como outros admitem. A metafísica é a ciência do ser enquanto ser, concebido como transcendente. O princípio “o ser é transcendente” é, para Suárez, a forma capital da metafísica. Durante a época moderna, defenderam-se opiniões muito diferentes acerca da metafísica, incluindo a opinião de que não é uma ciência nem nunca o poderá ser. Francis Bacon considerava que a metafísica é a ciência das causas formais e finais, ao contrário da física, que é a ciência das causas materiais e eficientes. Para Descartes, a metafísica é uma filosofia primeira que trata de questões como a existência de Deus e a distinção real entre a alma e o corpo do homem. Característico de muitas das meditações ou reflexões ditas metafísicas, na época moderna, é que tentam explicar problemas trans-físicos e que, nesta explicação, se começa com a questão da certeza e das primeiras verdades. A metafísica só é possível como ciência quando se apoia numa verdade indubitável e absolutamente certa, por meio da qual podem alcançar-se as verdades eternas. A metafísica continua a ser, em grande parte, ciência do transcendente, mas esta transcendência apoia-se, em muitos casos, na absoluta imediatez e imanência do eu pensante.
Outros autores rejeitaram a possibilidade do conhecimento metafísico e, em geral, de qualquer realidade considerada transcendente. O caso mais conhecido, na época moderna é o de Hume. A divisão de qualquer conhecimento em conhecimento de factos ou relações de ideias deixa sem base o conhecimento de qualquer objecto metafísico; não há metafísica porque não há objecto de que essa pertença ciência possa ocupar-se. Outros estabeleceram uma distinção entre metafísica e ontologia. Na ontologia, recolhe-se o aspecto mais formal da metafísica.
Concebe-se a ontologia como uma filosofia primeira que se ocupa do ente em geral. Por isso pode equiparar-se a ontologia a uma metafísica geral. As dificuldades oferecidas por muitas das definições anteriores de metafísica pareciam desvanecer-se em parte: a metafísica como ontologia não era ciência
de nenhum ente determinado, mas podia dividir-se em certos ramos (como a teologia, a cosmologia e a psicologia racional) que se ocupavam de entes determinados, embora em sentido muito geral e como princípio de estudo desses entes — isto é, em sentido o**
A persistente tendência das ciências positivas ou ciências particulares relativamente à filosofia agudizou as questões fundamentais que se tinham levantado acerca da metafísica, e em particular as duas questões seguintes:
1) Se a metafísica é possível como ciência;
2) De que se ocupa.
A filosofia de Kant é central na discussão destes dois problemas. Este autor tomou a sério os ataques de Hume contra a pretensão de alcançar um saber racional e completo da realidade, mas, ao mesmo tempo, tomou a sério o problema da possibilidade de uma metafísica. A metafísica foi, até agora, a arena das discussões sem fim, edificada no ar, não produziu senão castelos de cartas. Não pode, pois, continuar-se pelo mesmo caminho e continuar a dar rédea solta às especulações sem fundamento. Por outro lado, não é possível simplesmente cair no cepticismo: é mister fundar a metafísica para que venha a converter-se em ciência e para isso há que proceder a uma crítica das limitações da razão. Em suma, a metafísica deve sujeitar-se ao tribunal da crítica, à qual nada escapa nem deve escapar. Kant nega, pois, a metafísica, mas com o fim de a fundar. Tal como na idade média, a metafísica constituiu,
durante a idade moderna e depois ao longo da idade contemporânea, um dos grandes temas de debate filosófico, e isso a tal ponto que a maior parte das posições filosóficas, desde Kant até à data, se podem compreender em função da sua atitude perante a filosofia primeira. As tendências adscritas àquilo que poderíamos chamar a filosofia tradicional não negaram em nenhum momento a possibilidade da metafísica. O mesmo aconteceu com o idealismo alemão, embora o próprio termo metafísica não tenha recebido com frequência grandes honras. Em contrapartida, a partir do momento em que se acentuou a necessidade de se ater a um saber positivo, a metafísica foi submetida a uma crítica constante. Na filosofia de Comte isto é evidente: a metafísica é um modo de conhecer próprio de uma época da humanidade, destinada a ser superada pela época positivista. Esta negação da metafísica implicava, por vezes, a negação do próprio saber filosófico. Por isso surgiram, nos fins do século dezanove e começos do século vinte, várias tendências antipositivistas que, embora hostis em princípio à metafísica, acabaram por aceitá-la.
Existencialismo e bergsonismo e muitas outras correntes do nosso século são ou de carácter declaradamente metafísico ou reconhecem que o que se faz em filosofia é propriamente um pensar de certo modo metafísico. Em contrapartida, outras correntes contemporâneas opuseram-se decididamente à metafísica, considerando-a uma pseudociência. É o que acontece com alguns pragmatistas, com os marxistas e em particular com os positivistas lógicos (neopositivistas) e com muitos dos chamados analistas. Comum aos positivistas é terem adoptado uma posição sensivelmente análoga à de Hume. Acrescentaram à posição de Hume considerações de carácter linguístico. Assim, sustentou-se que a metafísica surge unicamente como consequência das ilusões em que a linguagem nos envolve. As proposições metafísicas não são nem verdadeiras nem falsas: carecem simplesmente de sentido. A metafísica não é, pois, possível, porque não há linguagem metafísica.
A metafísica é, pois, um abuso da linguagem. Nos últimos anos, foi dado verificar que, inclusive dentro das correntes positivistas e analistas se levantaram questões que podem considerar-se como metafísicas, ou então atenuou-se o rigor contra a possibilidade de qualquer metafísica.
Fonte: Dicionário de José Ferrater Mora
Publicado pelo Utilizador Príncipe_do_Bem em Forum Filosofia
Descolar o eixo da interpretação do ente do ser do nada para a essência de criar outro método, e como diria Nietzsche, ‘o que conta são os métodos!’, cosmicamente superior total à ciência. A metafísica não é uma ciência, é metafísica, é pois a causa primeira da filosofia que pode tornar possível, ‘e compreender é criar possibildades’, Heidegger, uma nova linguagem mais profundamente total cósmica que a matemática, de forma que a ciência seja ultrapassada por outro método cujos fundamentos de criar essa nova outra linguagem (afinal até já existe a linguagem máquina baseada no sistema binário 1’s e 0’s, o Assembler, C, Pascal, Visual C++, visual Basic, Java, Ajax, Flash… até para lá do infinitamente cósmico), seja possivel através da metafísica enquanto totalidade de vontade de dominação em todo cosmos total que se eleva ao próprio TUDO!
By: UNO on Maio 30, 2007
at 6:56 pm
Gostei do texto da Metafísica, sou seminarista e não posso me utilizar do mesmo , o que para mim é uma pena, porque o autor não teve a CORAGEM de se mostrar.
Texto sem autor é pior que fofoca, ninguém é o responsável é uma atitude COVARDE.
Para responder a você , eu tenho que me identificar, peço a você que não me responda , mas se identifique daqui para frente , ou mude seu pseudônimo para Principe_dos_COVARDES.
By: Tiago Di Monaco on Maio 2, 2008
at 3:38 pm
By: Newton Monteiro Guimarães on Julho 29, 2008
at 3:04 am
vai a litaurica e teras algunhas repostas serias
By: rocha on Janeiro 20, 2011
at 9:04 pm
Compondo-se cada mônada de corpo e alma, mas sendo em si mesma de uma essência simples e indestrutível, o mundo material, mesmo em sua parte inorgânica, é por toda a parte animado. Desse modo, a matéria é apenas uma expressão da força, e a força é o modo de agir de tudo o que existe e a única coisa persistente. As formas materiais não têm estabilidade. Um organismo é uma forma temporária donde continuamente emanam partículas. Ele se assemelha à chama de uma lâmpada, incessantemente alimentada e incessantemente consumida. Só é persistente aquilo que se esconde sob todas as existências fenomenais. A matéria, como a conhecemos, é incapaz de agir por si mesma; é preciso que se atue sobre ela; mas essa energia intima e capaz de produzir todas as formas é hoje a mesma que foi ontem. Á matéria passa indiferentemente de um a outro molde, não retendo caráter algum de individualidade. Só o Espírito pode agir, e a matéria é a resultante desse ato. (Ver: Passe)
Assim, no sistema de Leibnitz, o substancial não pertence aos órgãos, mas aos seus elementos originais. A matéria, no sentido vulgar, isto é, uma coisa sem alma, não existe. A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome nao é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vividos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. Assim, a imortalidade do indivíduo é certa. Prestando um corpo à mônada, Leibnitz afasta-se da concepção tradicional da corporeidade. O corpo da mônada não é um corpo no sentido ordinário da palavra, mas uma força. Desse modo, nada realmente morre: tudo existe e sòmente se transforma. Deus não o Deus dos mortos, mas dos vivos. Ele é a Mônada Primitiva, a Primitiva Substância; todas as outras mônadas são fulgurações d’Ele.
Serão imortais as almas dos animais ínfimos? Sim; elas têm sensações e memória. Cada alma é uma mônada, pois o poder que cada uma possui, de agir sobre si mesma, prova a sua substancialidade, e todas as substâncias são mônadas. Aquilo que se nos apresenta como um corpo, é real e substancialmente um agregado de muitas mônadas; a materialidade, pela qual elas se exprimem, sendo apenas um fenômeno transitório, é sòmente por causa da confusão de nossas percepções sensoriais que essa pluralidade se nos mostra como um todo contínuo. As plantas e os minerais são, como tais, mônadas adormecidas com idéias inconscientes; nas plantas, essas idéias são as conformadoras forças vitais.
“Fico atônito, diz Leibnitz, pensando na natureza da alma humana, de cujos poderes e capacidades não temos uma concepção precisa.” Há muita coisa no Espiritismo que se harmoniza com as suas vistas. A idéia fundamental do seu sistema filosófico, e que a concepeção espiritual ou teólogo-teleológica do mundo não deveria excluir a concepção físico-mecânica, porém estar unida a esta. Assim, ele parece ter prevenido a pretensão da pseudo-ciéncia, representada por Haeckel, Huxley, Clifford e outros, de encontrarem na matéria e no mecanismo uma explicação de todos os fenômenos mentais. Ele diz que os fenômenos especiais podem e devem ser explicados mecânicamente, mas que não devemos perder de vista os fins que a Providência pode cumprir empregando esses meios mecânicos; que mesmo os princípios da Física e da Mecânica estão sujeitos à direção de uma Inteligência suprema, e só podem ser explicados, quando não se põe de lado essa inteligência.
• Deleite-se com a nossa bela Terra
• Nosso inigualável sistema solar—como surgiu?
• Um presente eterno do Criador
Assuntos relacionados:
• Será que a ciência contradiz o relato de Gênesis?
• Existe um Criador?
NOSSO INIGUALÁVEL
SISTEMA SOLAR
COMO SURGIU?
MUITOS fatores se combinam para tornar inigualável a nossa localização no Universo. O nosso sistema solar fica entre dois dos braços espirais da Via-Láctea, numa região de relativamente poucas estrelas. Quase todas as estrelas que vemos à noite estão tão distantes de nós que, mesmo quando são vistas por meio dos maiores telescópios, continuam meros pontinhos de luz. É assim que tinha de ser?
Se o nosso sistema solar ficasse perto do centro da Via-Láctea, sofreríamos os maus efeitos de estar no meio de uma grande concentração de estrelas. É provável que a órbita da Terra, por exemplo, ficasse desordenada, afetando de modo drástico a vida humana. Pelo visto, o sistema solar está exatamente no lugar certo na galáxia para evitar esse e outros perigos, como o superaquecimento ao cruzar nuvens de gás ou ficar exposto à explosão de estrelas e a outras fontes de radiação mortífera.
O Sol é um tipo de estrela ideal para as nossas necessidades. Sua combustão é constante, ele tem vida longa e não é nem grande nem quente demais. A vasta maioria das estrelas da nossa galáxia são bem menores do que o Sol e não fornecem o tipo apropriado de luz nem a quantidade correta de calor para sustentar a vida num planeta como a Terra. Além disso, a maioria das estrelas estão gravitacionalmente ligadas a uma ou a mais estrelas e giram em torno umas das outras. O Sol, por outro lado, é independente. Seria muito difícil o nosso sistema solar permanecer estável se sofresse a influência da força gravitacional de dois ou mais sóis.
Outra particularidade do nosso sistema solar é a localização dos planetas exteriores gigantes, que têm órbitas quase circulares e não constituem ameaça gravitacional para os planetas interiores do tipo terrestre.* Em vez disso, os planetas exteriores executam a função protetora de absorver e desviar objetos perigosos. “Não somos atingidos por uma excessiva quantidade de asteróides e cometas graças à presença, nas imediações, de planetas de gás gigantes, tais como Júpiter”, explicam os cientistas Peter D. Ward e Donald Brownlee no seu livro Rare Earth—Why Complex Life Is Uncommon in the Universe (Excepcional Terra — Por Que a Vida Complexa É Incomum no Universo). Já foram descobertos outros sistemas solares com planetas gigantes. Mas a maioria desses gigantes tem órbitas que seriam perigosas para planetas menores do tipo terrestre.
O papel da Lua
Desde a antiguidade, a Lua fascina a humanidade. Ela tem inspirado poetas e músicos. Por exemplo, um antigo poeta hebreu referiu-se à Lua como estando ‘firmemente estabelecida por tempo indefinido e como fiel testemunha no céu nublado’. — Salmo 89:37.
Um importante fator da influência da Lua sobre a Terra é sua força gravitacional, que provoca o fluxo das marés. Acredita-se que o movimento das marés seja fundamental para as correntes marítimas, que, por sua vez, são vitais para os nossos padrões climáticos.
A massa da Lua é suficientemente grande para estabilizar a inclinação do eixo da Terra
Outra função básica da Lua é estabilizar, por meio de sua força gravitacional, o eixo da Terra com respeito ao plano de órbita da Terra em volta do Sol. Segundo a revista científica Nature, sem a Lua, a inclinação do eixo da Terra oscilaria “de 0 [graus] a 85 [graus]” por longos períodos. Imagine se o eixo da Terra não fosse inclinado! Não teríamos a agradável mudança de estações e sofreríamos com a falta de chuva. A inclinação da Terra também evita que as temperaturas fiquem tão extremas a ponto de impossibilitar a nossa sobrevivência. “Devemos a nossa atual estabilidade climática a uma circunstância excepcional: a presença da Lua”, conclui o astrônomo Jacques Laskar. Para cumprir seu papel estabilizador, a Lua é grande — relativamente maior do que as luas dos planetas gigantes.De acordo com o escritor do antigo livro de Gênesis, ainda outra função do satélite natural da Terra, a Lua, é servir de luz noturna. — Gênesis 1:16.
ESTUDANDO TAMBÉM A ASTRONOMIA
Se o Sol se localizasse em outra parte de nossa galáxia, não teríamos uma vista tão boa das estrelas. “Nosso Sistema Solar”, explica o livro The Privileged Planet (O Planeta Privilegiado), “se localiza . . . longe das regiões ‘poeirentas’ e excessivamente iluminadas, permitindo uma excelente visão geral tanto das estrelas próximas como do distante Universo”.
Além disso, o tamanho da Lua e sua distância da Terra são exatamente apropriados para que a Lua cubra o Sol durante um eclipse solar. Esses raros e admiráveis eventos permitem que os astrônomos estudem o Sol. Com tais estudos, eles puderam desvendar muitos segredos sobre a origem do brilho das estrelas.
A caso ou planejamento?
Como explicar a conjunção de múltiplos fatores que tornam a vida na Terra não apenas possível, mas também agradável? Parece haver apenas duas alternativas. A primeira é que todas essas realidades resultaram do mero acaso. A segunda é que existe algum objetivo inteligente por trás disso.
Há milhares de anos, as Escrituras Sagradas declararam que o nosso Universo fora concebido e feito por um Criador — o Deus Todo-Poderoso. Se for assim, isso significa que as condições existentes no nosso sistema solar são produto, não do acaso, mas de um projeto intencional. O Criador nos deixou um relatório, por assim dizer, dos passos que ele deu para tornar possível a vida na Terra. Talvez se surpreenda de saber que os eventos na história do Universo descritos nesse relatório, embora ele tenha sido feito uns 3.500 anos atrás, correspondem basicamente ao que os cientistas acreditam que deve ter ocorrido. Esse relatório está no livro bíblico de Gênesis. Veja o que ele diz.
O relato de Gênesis sobre a criação
“No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1) Essas palavras iniciais da Bíblia se referem à criação de nosso sistema solar, incluindo o nosso planeta, bem como à criação das estrelas nos bilhões de galáxias que compõem o Universo. Segundo a Bíblia, houve tempo em que a superfície da Terra estava “sem forma e vazia”. Não havia continentes nem solo produtivo. Mas as palavras seguintes destacam o que, de acordo com os cientistas, é o requisito vital para um planeta poder sustentar a vida: a abundância de água. O espírito de Deus “movia-se por cima da superfície das águas”. — Gênesis 1:2.
Para que a água de superfície permaneça líquida, o planeta tem de estar na distância exata de seu sol. “Marte é frio demais, Vênus é quente demais; a Terra está no ponto ideal”, explica o cientista planetário Andrew Ingersoll. Além disso, para que a vegetação cresça, é preciso haver luz suficiente. É significativo que, segundo o relato bíblico, durante um período criativo anterior, Deus tenha feito com que a luz do Sol penetrasse nas escuras nuvens de vapor de água que envolviam o oceano como “faixas” ao redor de um bebê. — Jó 38:4, 9; Gênesis 1:3-5.
Nos versículos seguintes de Gênesis, lemos que o Criador produziu o que a Bíblia chama de “expansão”. (Gênesis 1:6-8) Ela é composta de gases que formam a atmosfera da Terra.
A seguir, a Bíblia explica que Deus mudou a superfície sem forma da Terra para criar o solo seco. (Gênesis 1:9, 10) Pelo visto, ele fez com que a crosta da Terra envergasse e se movesse. Com isso, talvez se tenham formado profundas depressões e continentes emergiram do oceano. — Salmo 104:6-8.
Num período não especificado no passado da Terra, Deus criou algas microscópicas nos oceanos. Usando energia solar, esses organismos unicelulares que se auto-reproduzem passaram a converter dióxido de carbono em alimentos, ao mesmo tempo em que liberavam oxigênio na atmosfera. Esse processo maravilhoso foi acelerado durante um terceiro período criativo pela criação de vegetação que, por fim, cobriu o solo. Com isso aumentou a quantidade de oxigênio na atmosfera, possibilitando que homens e animais sustentassem a vida pela respiração. — Gênesis 1:11, 12.
A fim de tornar produtivo o solo, o Criador produziu uma variedade de microorganismos para viverem nele. (Jeremias 51:15) Essas criaturas minúsculas decompõem a matéria morta, reciclando elementos que as plantas utilizam para crescer. Tipos especiais de bactérias de solo capturam nitrogênio do ar e disponibilizam esse elemento vital para o crescimento das plantas. Um punhado de solo fértil pode conter espantosos seis bilhões de microorganismos!
Gênesis 1:14-19 descreve a formação do Sol, da Lua e das estrelas num quarto período criativo. À primeira vista, isso talvez pareça contradizer a explicação bíblica já mencionada. Lembre-se, porém, que Moisés, o escritor de Gênesis, fez o relato da criação do ponto de vista de um observador terrestre que estivesse presente na ocasião. Evidentemente, o Sol, a Lua e as estrelas se tornaram visíveis através da atmosfera da Terra nesse período.
No relato de Gênesis, o surgimento de criaturas marinhas foi no quinto período criativo, e o dos animais terrestres e do homem, no sexto período. — Gênesis 1:20-31.
“Se eu, como geólogo, tivesse de explicar concisamente nossas idéias modernas sobre a origem da Terra e o desenvolvimento da vida sobre ela a um povo simples, pastoril, tal como o das tribos a quem foi dirigido o Livro de Gênesis, dificilmente poderia fazê-lo melhor do que seguir bem de perto grande parte da linguagem do primeiro capítulo de Gênesis.”
Existe Vida em Outros Pontos do Universo?
Renato Sabbatini, neurocientista e
presidente da Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas
Em um polêmico livro publicado em 2000 (Rare Earth, Springer), dois autores americanos, o paleontólogo Peter Ward e o astrônomo Donald Brownlee, autores da frase acima, propuseram a idéia de que seria praticamente zero a possibilidade de existir vida inteligente semelhante a do ser humano. Em outras palavras, podemos estar sozinhos no Universo.
Veja bem, caro leitor, a polêmica não é se existiria qualquer tipo de vida em outros pontos do universo além da Terra. A maioria dos cientistas concorda que há uma possibilidade extremamente alta de que ela exista, e veremos abaixo a argumentação a favor disso. A polêmica mais violenta, e que se arrasta desde a época de Giordano Bruno, é se poderiam existir seres vivos dotados de inteligência, ou seja, alguém parecido conosco, humanos.
O argumento de Ward e Brownlee parece reforçar o que muitos religiosos afirmam desde a Idade Média, ou seja, que o ser humano seria uma criação única de Deus, feito à sua imagem e semelhança, e que não existiria em nenhum outro lugar do Universo. Devido a este dogma, a Terra foi colocada no seu centro, e as esferas celestes foram consideradas desabitadas, com exceção dos anjos e das almas boas que tinham merecido a redenção do Céu.
Por ter afirmado (entre outras heresias religiosas para a época), que existiria um número infinito de mundos, e, portanto, de outras raças inteligentes à imagem de Deus, o frade italiano Giordano Bruno foi queimado vivo pela Inquisição, por ter desafiado as imposições do “conhecimento” oficial da Igreja Católica. Antes de morrer, o rebelde Bruno declarou aos juízes: “Talvez o seu medo em me passar esse julgamento seja maior do que o meu de recebê-lo”, Uma ótima frase de despedida, e até hoje ela resume bem o que existe por trás da intolerância e do dogma: simplesmente o medo.
Posteriormente, com o desenvolvimento e popularização da astronomia, ficamos sabendo que os planetas são outros mundos como o nosso, e que eles poderiam teoricamente ter vida (embora até hoje nada tenha sido achado). Nos séculos seguintes a Humanidade tomou conhecimento, chocada, que o Sol é apenas uma estrela dentre as mais de 100 bilhões da Via Láctea, e que esta, por sua vez, é uma galáxia de tamanho médio entre possivelmente alguns trilhões de outras galáxias dispersas em um espaço inimaginavelmente grande.
Mais recentemente, usando novas técnicas, os astrônomos foram capazes de detectar a existência de centenas de novos planetas em outros sistemas estelares. Quase todos, por serem gigantes, são semelhantes a Júpiter e outros planetas gasosos, incapazes de abrigar qualquer tipo de vida. Entretanto, em abril de 2007 foi descoberto pela primeira vez um planeta, a cerca de 20 anos-luz da Terra, que parece ter água em estado líquido e uma temperatura entre 0 e 40 graus Celsius, sendo capaz, portanto, de abrigar formas de vida semelhantes às encontradas por aqui.
Fazendo algumas contas simples, cientistas como Frank Drake e Carl Sagan (autores de uma famosa equação desenvolvida em 1961 que procurou calcular objetivamente essa probabilidade) logo chegaram à conclusão que, entre os trilhões de trilhões de planetas possíveis, seria uma impossibilidade matemática que em alguns deles, não se tivesse desenvolvido vida, e, especialmente, vida inteligente. Os parâmetros da tal equação podem ser chutados à vontade, então ela é bem pouco confiável, mas uma estimativa bastante pessimista deu, mesmo assim, um resultado de pelo menos 10 civilizações extraterrestres na nossa galáxia.
As espécies vivas evoluíram, em alguns bilhões de anos, a partir de organismos extremamente simples, como bactérias, algas ou protozoários unicelulares, adaptados às condições físicas da Terra. As células, por sua vez, parecem ter tido sua origem em aglomerados moleculares orgânicos, mas não vivos, compostos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros átomos, que existem em grande quantidade por toda parte no Universo, inclusive na poeira inter-estelar. Esses átomos mais pesados foram gerados na fornalha nuclear dentro das estrelas, a partir do hidrogênio, e se espalharam pelo espaço sideral quando essas estrelas explodiram ao final de sua vida (novas e super-novas).
O Sol também terá esse destino um dia, e as moléculas que fazem partes dos nossos corpos, que são restos dessas explosões, serão novamente misturadas e dispersadas, para, talvez, daqui algumas centenas de bilhões de anos, formarem outros seres vivos!
Com a exceção de teorias já ultrapassadas, como a do vitalismo, a ciência moderna não parece colocar obstáculos intransponíveis à possibilidade de repetição desta cadeia de eventos em outros planetas, como o que foi descoberto em outra estrela. Portanto não existiria nada de único ou peculiar à Terra. Isso, sem falar em muitíssimas outras formas diferentes de vida, utilizando outros átomos e outros níveis de energia totalmente distintos da vida típica de nosso planeta ou sistema solar. A abundância relativa de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, água, e outros elementos, pode variar conforme o sistema estelar. Então isso aumenta mais ainda a probabilidade de vida(s).
Afirmar que a vida fora da Terra (e também a vida inteligente) é impossível, é uma clara violação de um princípio fundamental do método científico, que é o seguinte: não podemos nunca fazer ou deixar de fazer uma suposição ou hipótese científica, se não existirem meios de comprovar que ela é falsa. Esse princípio foi proposto pelo grande filósofo Karl Popper, e se denomina “falsificabilidade”. Ora, como existem galáxias, estrelas e planetas que estão uma distância tão grande de nós, que nunca será possível saber o que elas contém, não podemos afirmar que a vida não existe no Universo.
Não podemos sequer fazer afirmações de natureza probabilística, ou seja, que a vida seria extremamente rara, pois mal temos acesso visual aos planetas que nos cercam, quanto mais a estrelas próximas ao Sol, que têm aproximadamente a mesma idade, tamanho e localização relativa no ambiente galáctico.
Embora estrelas como o Sol sejam realmente relativamente raras (menos de 5% em nossa galáxia), e que planetas na exata posição da Terra e com o mesmo tamanho sejam mais raros ainda (pouco menos de 10% na mesma posição, e 30% com o mesmo tamanho aproximado), ainda sobrariam trilhões de planetas muito semelhantes à Terra, com a mesma idade, etc. Seria bizarro imaginar que nenhum deles conta com vida…
Se o leitor quiser ler um livro que apresenta argumentos exatamente contrários ao de Ward e Brownlee, recomendo “Probability 1, Why There Must Be Intelligent Life in the Universe”, por Amir D. Aczel (Harcourt Brace, 1998).
Carl Sagan, entre outros, acreditava fortemente que existe uma possibilidade muito grande de existir vida inteligente em outros pontos do Universo, a tal ponto que foi o inspirador do programa SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), que dá origem ao tema do livro. Este programa (ainda em andamento, com uma verba relativamente pequena) consiste em usar as poderosas antenas parabólicas utilizadas na pesquisa radioastronômica (detecção, localização e estudo de fontes de radiação eletromagnética não luminosa emitida naturalmente pelas estrelas) para “ouvir” o cosmos e tentar detectar padrões de emissão que pudessem ser atribuídos a alguma fonte artificial e inteligente.
Sagan argumentou muito bem que as emissões de rádio oriundas de nosso planeta, que começaram por volta de 1910, e cresceram muito nas décadas sucessivas, poderiam estar sendo captadas por civilizações extraterrestres, que deduziriam, então, a sua natureza tecnológica. Considerando que as estrelas mais próximas onde poderia haver vida inteligente estão a cerca de 20 anos-luz da Terra, “eles” (se existem) já estariam sabendo da nossa existência. Aliás, esse é um dos argumentos freqüentemente usados pelos ufólogos para justificar o súbito aparecimento de casos de discos-voadores na década dos 40s.
Na realidade, até agora, o SETI não foi capaz de detectar nada que possibilitasse uma interpretação nesse sentido. Sagan, entretanto, sempre afirmou que isso poderia levar um século ou mais, antes que ocorresse algum resultado positivo, e que não deveríamos desistir depois de poucos anos. O seu livro de ficção, “Contatos”, parte justamente do ponto em que o SETI detecta, de forma indubitável, um padrão de emissão artificial que somente poderia ser gerado por uma tecnologia avançada. E ele soluciona de forma brilhante e altamente verossímil as circunstâncias sociais, políticas e científicas que poderiam ocorrer.
Capa
Ufologia
Paranormal
Ciência
Ceticismo
Fortianismo
Referências
Sobre o site
Notícias
Links
Fotos de Fantasmas
Fotos de OVNIs
Fraudes Fotográficas
Teste Fotográfico
Astrologia Reversa
Motos Perpétuos
Destaques
Existe Vida em Outros Pontos do Universo?
Renato Sabbatini, neurocientista e
presidente da Sociedade Brasileira de Céticos e Racionalistas
Em um polêmico livro publicado em 2000 (Rare Earth, Springer), dois autores americanos, o paleontólogo Peter Ward e o astrônomo Donald Brownlee, autores da frase acima, propuseram a idéia de que seria praticamente zero a possibilidade de existir vida inteligente semelhante a do ser humano. Em outras palavras, podemos estar sozinhos no Universo.
Veja bem, caro leitor, a polêmica não é se existiria qualquer tipo de vida em outros pontos do universo além da Terra. A maioria dos cientistas concorda que há uma possibilidade extremamente alta de que ela exista, e veremos abaixo a argumentação a favor disso. A polêmica mais violenta, e que se arrasta desde a época de Giordano Bruno, é se poderiam existir seres vivos dotados de inteligência, ou seja, alguém parecido conosco, humanos.
O argumento de Ward e Brownlee parece reforçar o que muitos religiosos afirmam desde a Idade Média, ou seja, que o ser humano seria uma criação única de Deus, feito à sua imagem e semelhança, e que não existiria em nenhum outro lugar do Universo. Devido a este dogma, a Terra foi colocada no seu centro, e as esferas celestes foram consideradas desabitadas, com exceção dos anjos e das almas boas que tinham merecido a redenção do Céu.
Por ter afirmado (entre outras heresias religiosas para a época), que existiria um número infinito de mundos, e, portanto, de outras raças inteligentes à imagem de Deus, o frade italiano Giordano Bruno foi queimado vivo pela Inquisição, por ter desafiado as imposições do “conhecimento” oficial da Igreja Católica. Antes de morrer, o rebelde Bruno declarou aos juízes: “Talvez o seu medo em me passar esse julgamento seja maior do que o meu de recebê-lo”, Uma ótima frase de despedida, e até hoje ela resume bem o que existe por trás da intolerância e do dogma: simplesmente o medo.
Posteriormente, com o desenvolvimento e popularização da astronomia, ficamos sabendo que os planetas são outros mundos como o nosso, e que eles poderiam teoricamente ter vida (embora até hoje nada tenha sido achado). Nos séculos seguintes a Humanidade tomou conhecimento, chocada, que o Sol é apenas uma estrela dentre as mais de 100 bilhões da Via Láctea, e que esta, por sua vez, é uma galáxia de tamanho médio entre possivelmente alguns trilhões de outras galáxias dispersas em um espaço inimaginavelmente grande.
Mais recentemente, usando novas técnicas, os astrônomos foram capazes de detectar a existência de centenas de novos planetas em outros sistemas estelares. Quase todos, por serem gigantes, são semelhantes a Júpiter e outros planetas gasosos, incapazes de abrigar qualquer tipo de vida. Entretanto, em abril de 2007 foi descoberto pela primeira vez um planeta, a cerca de 20 anos-luz da Terra, que parece ter água em estado líquido e uma temperatura entre 0 e 40 graus Celsius, sendo capaz, portanto, de abrigar formas de vida semelhantes às encontradas por aqui.
Fazendo algumas contas simples, cientistas como Frank Drake e Carl Sagan (autores de uma famosa equação desenvolvida em 1961 que procurou calcular objetivamente essa probabilidade) logo chegaram à conclusão que, entre os trilhões de trilhões de planetas possíveis, seria uma impossibilidade matemática que em alguns deles, não se tivesse desenvolvido vida, e, especialmente, vida inteligente. Os parâmetros da tal equação podem ser chutados à vontade, então ela é bem pouco confiável, mas uma estimativa bastante pessimista deu, mesmo assim, um resultado de pelo menos 10 civilizações extraterrestres na nossa galáxia.
As espécies vivas evoluíram, em alguns bilhões de anos, a partir de organismos extremamente simples, como bactérias, algas ou protozoários unicelulares, adaptados às condições físicas da Terra. As células, por sua vez, parecem ter tido sua origem em aglomerados moleculares orgânicos, mas não vivos, compostos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros átomos, que existem em grande quantidade por toda parte no Universo, inclusive na poeira inter-estelar. Esses átomos mais pesados foram gerados na fornalha nuclear dentro das estrelas, a partir do hidrogênio, e se espalharam pelo espaço sideral quando essas estrelas explodiram ao final de sua vida (novas e super-novas).
O Sol também terá esse destino um dia, e as moléculas que fazem partes dos nossos corpos, que são restos dessas explosões, serão novamente misturadas e dispersadas, para, talvez, daqui algumas centenas de bilhões de anos, formarem outros seres vivos!
Com a exceção de teorias já ultrapassadas, como a do vitalismo, a ciência moderna não parece colocar obstáculos intransponíveis à possibilidade de repetição desta cadeia de eventos em outros planetas, como o que foi descoberto em outra estrela. Portanto não existiria nada de único ou peculiar à Terra. Isso, sem falar em muitíssimas outras formas diferentes de vida, utilizando outros átomos e outros níveis de energia totalmente distintos da vida típica de nosso planeta ou sistema solar. A abundância relativa de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, água, e outros elementos, pode variar conforme o sistema estelar. Então isso aumenta mais ainda a probabilidade de vida(s).
Afirmar que a vida fora da Terra (e também a vida inteligente) é impossível, é uma clara violação de um princípio fundamental do método científico, que é o seguinte: não podemos nunca fazer ou deixar de fazer uma suposição ou hipótese científica, se não existirem meios de comprovar que ela é falsa. Esse princípio foi proposto pelo grande filósofo Karl Popper, e se denomina “falsificabilidade”. Ora, como existem galáxias, estrelas e planetas que estão uma distância tão grande de nós, que nunca será possível saber o que elas contém, não podemos afirmar que a vida não existe no Universo.
Não podemos sequer fazer afirmações de natureza probabilística, ou seja, que a vida seria extremamente rara, pois mal temos acesso visual aos planetas que nos cercam, quanto mais a estrelas próximas ao Sol, que têm aproximadamente a mesma idade, tamanho e localização relativa no ambiente galáctico.
Embora estrelas como o Sol sejam realmente relativamente raras (menos de 5% em nossa galáxia), e que planetas na exata posição da Terra e com o mesmo tamanho sejam mais raros ainda (pouco menos de 10% na mesma posição, e 30% com o mesmo tamanho aproximado), ainda sobrariam trilhões de planetas muito semelhantes à Terra, com a mesma idade, etc. Seria bizarro imaginar que nenhum deles conta com vida…
Se o leitor quiser ler um livro que apresenta argumentos exatamente contrários ao de Ward e Brownlee, recomendo “Probability 1, Why There Must Be Intelligent Life in the Universe”, por Amir D. Aczel (Harcourt Brace, 1998).
Carl Sagan, entre outros, acreditava fortemente que existe uma possibilidade muito grande de existir vida inteligente em outros pontos do Universo, a tal ponto que foi o inspirador do programa SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), que dá origem ao tema do livro. Este programa (ainda em andamento, com uma verba relativamente pequena) consiste em usar as poderosas antenas parabólicas utilizadas na pesquisa radioastronômica (detecção, localização e estudo de fontes de radiação eletromagnética não luminosa emitida naturalmente pelas estrelas) para “ouvir” o cosmos e tentar detectar padrões de emissão que pudessem ser atribuídos a alguma fonte artificial e inteligente.
Sagan argumentou muito bem que as emissões de rádio oriundas de nosso planeta, que começaram por volta de 1910, e cresceram muito nas décadas sucessivas, poderiam estar sendo captadas por civilizações extraterrestres, que deduziriam, então, a sua natureza tecnológica. Considerando que as estrelas mais próximas onde poderia haver vida inteligente estão a cerca de 20 anos-luz da Terra, “eles” (se existem) já estariam sabendo da nossa existência. Aliás, esse é um dos argumentos freqüentemente usados pelos ufólogos para justificar o súbito aparecimento de casos de discos-voadores na década dos 40s.
Na realidade, até agora, o SETI não foi capaz de detectar nada que possibilitasse uma interpretação nesse sentido. Sagan, entretanto, sempre afirmou que isso poderia levar um século ou mais, antes que ocorresse algum resultado positivo, e que não deveríamos desistir depois de poucos anos. O seu livro de ficção, “Contatos”, parte justamente do ponto em que o SETI detecta, de forma indubitável, um padrão de emissão artificial que somente poderia ser gerado por uma tecnologia avançada. E ele soluciona de forma brilhante e altamente verossímil as circunstâncias sociais, políticas e científicas que poderiam ocorrer.
Isso não quer dizer, entretanto, que Sagan (e a grande maioria dos cientistas que conheço) acredite que os discos-voadores existem e que têm visitado a Terra regularmente. “Contatos” mostra uma realidade muito diferente dessa visão folhetinesca/hollywoodiana dos contatos entre terráqueos e extraterrestres. Tem uma abordagem bem diferente de outro filme famoso, “Contatos de Terceiro Grau”, por exemplo. O desfecho também é muito menos predizivel e revela a inteligência criativa, quase poética, desse grande autor.
E aqui reside justamente o ponto em que a falta de bom senso costuma assolar tanto a imprensa quanto os leigos apaixonados pelo assunto. Embora seja muito provável que exista vida fora da Terra (praticamente 100%, eu diria), a probabilidade de que algum dia sejamos capazes de comprovar diretamente esse fato é ainda remota. Evidentemente o fator limitante aqui é a velocidade da luz (300 mil quilômetros por segundo, no vácuo). Mesmo se formos capazes de viajar a uma velocidade de um décimo a da luz, uma nave terrestre demoraria entre 110 a 250 anos para chegar nas estrelas mais próximas e começar a explorar seus planetas. Não vou dizer que é impossível, essas viagens poderão ser realidade em um dia. Mas elas são apenas um sonho bem distante da realidade, e até agora assunto apenas de livros e contos de ficção científica.
seãramiuG orietnoM notweN
26 07/2008
By: Newton Monteiro Guimarães on Julho 29, 2008
at 3:20 am
A redação repetia no texto foi minha intençãode reforsar a idéia da afimação para memorizar a posibilidade em tese a mente do leitor reforsando a lembrar que a possibilidade de vid pode existir fora da terra, com a conciderção assim sendo o existir de vidas inteligentes além da terra, deixo meu enteder: existindo vida pode ser que sim, mas, vidas diferentes não humanas, que existem vidas além da terra não a duvidas; a biblia sagrada nos informa a existencia de outra vida a partir do espirito humano , os espiritos gênios, os anjos seguindo assim esta escala até os Sarafins mais proximos de Deus; já é prova suficiente a questão em pauta ” falamos desde o principio da criação que deus criou o ser humano a sua imagem para que tenha vida e não morte que se deu apos a desobediencia da ordem divina tonando-nos mortais de materia fisica para voltarmos a perfeição em que fomos cridos para a vida eterna ora se a vida é eterna stá provado vida alem -terra ” o Postolo Paulo disse: se a minha vida limita apenas a essa vida, não valer apena viver só por ela” em minhas palavras Jesus afurmou na casa de meu pai a muitas moradas o que significa no meu entendimento outra vida ” se não existem vidas fora da terra, porque tal afimação existem na “BIBLIA” eu particularmente entendo que tudo que existe é vida e as formas de vidas são milhares e infitas que assi seja não descarto a possibilidade querendo nos com prova ou sem prova para meu espirito digo existem vidas fora da terra.
By: Newton Monteiro Guimarães on Julho 29, 2008
at 8:02 am
continuaremos depois; aguardo moderação.
nmguimaraes@hotmail.com
By: Newton Monteiro Guimarães on Julho 29, 2008
at 8:05 am
I`am new girl on forumfilosofia.wordpress.com .Let’s gets acquainted!
My name is Victoria.
By: wratrianT on Outubro 18, 2008
at 6:46 pm
Стоит ли идти в армию? Или лучше как-нибудь отмазатся сославшись на болезнь аля – Колики низа живота после надувания воздушных шариков.
Приветствуются ответы в подробном виде , а так же забавные случаи со службы или мед. комиссии.. типа:
[QUOTE]
Брат с армии приехал.
Рассказывал про то как дедушки играли в карты. Матрацами.
Да-да, матрацами.
На каждом нарисована какая либо карта маркером, разумеется духи их держат и перекладывают по игровому полю.
По словам брата игра забавная, но самое сложное в ней тасовать колоду.
[/QUOTE]
By: Superior on Janeiro 26, 2009
at 1:20 am
A dimensão da metafisica supera todas possibilidades .Pois somos seres espirituais vivendo experiências carnais.Portanto cabe a cada um se encontrar no mundo de uma maneira tal para ser feliz e fazer os outros felizes.Através do amor que emana de Deus.
By: Maria Célia on Janeiro 26, 2010
at 4:02 pm
[…] Vassão, o primeiro termo com esse prefixo foi a Metafísica. Diz a lenda que foi uma forma de classificar os livros da filosófia primeira de Aristóteles, que […]
By: Metadesign e Inovação « Idéias pra Inovar on Novembro 26, 2010
at 6:31 pm
[…] to Vassão, the first term to use the prefix “meta” was “Metaphysics”. Legend has it, that it was a way to classify some of the books of prime philosophy by […]
By: META-DESIGN AND INNOVATION « Ideas to Innovate on Dezembro 15, 2010
at 5:40 pm
eu nao intendi ppporra nenhuma
By: ana clara on Março 16, 2011
at 7:48 pm
q droga de texto naum entendi foi nadis dessa porra!
By: aninha on Março 22, 2011
at 9:51 pm
carebes meu!!!
By: anapaula_123@hotmail.com on Novembro 7, 2012
at 4:03 pm
aninha vaca
By: anapaula_123@hotmail.com on Novembro 7, 2012
at 4:05 pm
ñ entendeu le novamente tem olhos pra que burra
By: anapaula_123@hotmail.com on Novembro 7, 2012
at 4:08 pm
A metafísica é uma ciência de ente enquanto ente, é uma definicao de: Aristóteles? Platão? sócrates? Ou deThales
By: Abdula on Dezembro 1, 2012
at 8:37 pm